terça-feira, 29 de março de 2011

Seleção bem encaminhada



Brasil 2x0 Escócia

Se não foi tão testada, dada a fragilidade do adversário, a seleção brasileira mostrou contra a Escócia que está no caminho certo. O esquema de Mano Menezes, aos poucos, vai sendo montado. Assim como os jogadores de sua confiança começam a ser conhecidos, levando a cada vez menos espaço para novos testes.

A defesa, o setor mais consolidado do time, já mostra robustez, com Júlio César no gol, Daniel Alves e André Santos nas laterais, Thiago Silva e Lúcio na zaga. Além deles, outros jogadores disputam posição, não podendo sequer ser considerados taxativamente como reservas. É o caso da ótima revelação David Luiz, zagueiro, e do lateral Marcelo, em grande fase no Real Madrid. Maicon só não entra na mesma condição porque Dani Alves está em fase esplendorosa, tanto no Barcelona como na própria seleção.

No meio, Ramirez – na minha opinião, o melhor jogador em campo contra a Escócia – parece ter confirmado a condição de titular, movimentando-se por todos os lados do campo, impondo rapidez ao jogo da seleção. Ramirez deve formar com Lucas (do Liverpool), homem de confiança de Mano, a dupla de volantes. Correm por fora Sandro, Elias e Hernanes.

Na armação ou na ligação do meio para frente, enquanto se espera o retorno de Paulo Henrique Ganso (quase uma unanimidade nacional como o 10 da seleção), o jovem Lucas (do São Paulo) pode ter convencido o treinador de que será imprescindível, apesar do pouco tempo em campo e de “apenas” ter protagonizado duas arrancadas fulminantes contra a defesa escocesa. Elano, mesmo se reserva, deve ser presença constante na seleção. Quem pode ter perdido a chance de se firmar é Jadson, pouco participativo na partida.

O ataque, por fim, é Neymar mais um. Se bem que, pelo que jogou o craque santista, Neymar já vale por dois. O centroavante, o tal matador, parece ser, hoje, o grande problema da seleção. Alexandre Pato não convence e outras opções potenciais, como Luis Fabiano, não jogam há algum tempo. Nilmar, do Villarreal, é uma boa opção na reserva como segundo atacante.

O grande dilema de Mano será como conciliar – e se é possível fazê-lo – o passado com o presente/futuro. Para ser mais específico: como (e se deve) colocar os “consagrados” Robinho, Kaká e, quem sabe, Ronaldinho Gaúcho na seleção.

JFQ

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