segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O título, as vagas, o show


É justo ser otimista quanto ao futuro do futebol brasileiro, a tomar a seleção brasileira sub-20, campeã do Sul-Americano 2011. Com o título também vieram as vagas para o Mundial da Colômbia e para as Olimpíadas de Londres, para não falar do show dado pela meninada do Brasil.

Além das revelações que brilharam em Arequipa, Peru, vale lembrar que Phillipe Coutinho, ex-Vasco, atualmente na Inter de Milão, ficou de fora por conta de uma lesão na coxa.

As partidas da seleção brasileira foram marcadas pelo bom toque de bola e chegadas arrasadoras ao gol adversário. É certo que o time demorava um pouco a engrenar; mas quando o fazia – geralmente no segundo tempo –, era muito difícil de segurar.

As partidas contra a Argentina – derrota por 1 a 0 – e a goleada sobre o Uruguai – 6 a 0 –, foram, a meu ver, os “pontos fora da curva”, para o bem e para o mal. De qualquer forma, servem como alerta para correção de falhas e como amostra do imenso potencial desses meninos.

Casemiro e Fernando, os volantes, demonstraram boa presença na marcação (principalmente Fernando) e boa chegada à frente (especialmente Casemiro). William José – exímio chutador de fora da área – e Oscar, também revelaram-se competentes na articulação no meio e aproximação na área adversária. Lucas e Neymar... bem, estes merecem parágrafos à parte.

Neymar é genial, uma das principais revelações do futebol brasileiro dos últimos tempos. Não é à toa que desde antes da profissionalização já se falava dele. Como também não é sem razão que Neymar seja titularíssimo no ataque da seleção principal. Além de craque da competição, o jovem santista de 19 anos marcou nove gols, sagrando-se o artilheiro deste e o maior artilheiro do Brasil em todos os Sul-Americanos. Fica apenas a impressão de que Neymar abusa um pouco do talento, recorrendo, às vezes, a provocações desnecessárias.

Na minha modesta opinião, porém, a grande revelação do torneio foi Lucas. Não que tenha superado Neymar ou que dele não se esperasse demonstrações de talento, mas o fato é que Lucas foi além das expectativas. Inteligente, arrojado, habilidoso e rápido, o meia são-paulino deu mostras de maturidade futebolística suficiente para fazer Mano Menezes pensar em uma convocação em breve para o time principal do Brasil.

De qualquer forma, mesmo que se precise esperar um pouco mais pelo amadurecimento de Lucas e outros jovens talentos da seleção sub-20, é bom notar que a safra é bastante promissora.

JFQ

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