quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Provocante campeonato carioca

Vasco e Botafogo farão a final da Taça Guanabara. Nas semifinais, o primeiro despachou o Fluminense nos pênaltis, enquanto o segundo, de virada, eliminou o favorito Flamengo.


O campeonato carioca mantém a fórmula tradicional em que o campeão do primeiro turno disputa a final com o campeão do segundo turno. No caso, cada turno é um torneio à parte, com direito a título e taça. O primeiro turno, a ser definido no próximo domingo é a Taça Guanabara e o segundo, a Taça Rio.

Um detalhe, porém, deve perturbar botafoguenses e cruzmaltinos: além de vencer a Taça Guanabara, há que se manter a pegada para, caso não se conquiste também a Taça Rio, vencer também as finais do Carioca, o que realmente importa. Outro detalhe: desde 1999, sempre que Botafogo e Vasco pegam o Flamengo nas finais, o caneco sobra para o time da Gávea. Pior: nesse período, o Flamengo foi tricampeão em finais consecutivas contra o Vasco (1999/2000/2001) e contra o Botafogo (2007/2008/2009). Quer dizer, para ambos, melhor não deixar que o Mengo, ora derrotado, imponha seu “Império do Amor” na Taça Rio.

Provocações à parte, o campeonato carioca está bem mais interessante neste ano. Por conta justamente dos quatro grandes que, por conquistas, superações e contratações, chegaram em 2010 mais fortes. O Flamengo, além de ostentar o título de hexacampeão brasileiro (outra provocação), formou um ataque fortíssimo com Adriano e Vágner Love, além de manter boa parte do vencedor elenco de 2009. O Fluminense conquistou um “quase título” com a fuga de um rebaixamento praticamente inescapável, mantendo seu time de guerreiros – e, melhor que isso, de bons jogadores – , com destaque para Conca e Fred, além do técnico Cuca. O Vasco, por sua vez, não só retornou com facilidade para a primeira divisão do Brasileiro, como montou um time promissor com jovens talentos – ressalto Philippe Coutinho e Souza – aliado à experiência de Carlos Alberto e Dodô. Por fim, o Botafogo, também aliviado com a permanência na primeira divisão do Brasileiro, trouxe o bilíngue da prancheta, Joel Santana – competentíssimo em campeonatos cariocas, não importa o time que dirija – , e montou um poderoso ataque de estrangeiros com o argentino Herrera e o uruguaio Sebastian El Loco Abreu.


A propósito, para finalizar com uma terceira provocação, meu palpite é de que o campeão, não só da Taça Guanabara como do Carioca, será o time da estrela solitária. Se bem que, como sabem, têm coisas que só acontecem com o Botafogo... Inclusive (derradeira provocação) perder uma quarta final consecutiva para o Flamengo?

JFQ

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