Paula Cesarino Costa
Nem
centenas de milhões de reais foram capazes de separá-los. Em defesa de um mesmo
objetivo, estão lado a lado personagens de uma disputa milionária: Rodolfo
Landim, ex-executivo do grupo de Eike Batista --que reivindica na Justiça cerca
R$ 500 milhões, referentes a 1% da holding que Eike teria lhe prometido--, e
Flávio Godinho, do conselho de administração do grupo EBX.
"O
Flamengo tem capacidade de unir até quem disputa milhões", diz Wallim
Vasconcellos, candidato a presidente do clube rubro-negro.
Foi com
um telefonema de Godinho para Landim que começou a crescer o movimento para
criar a chapa que reúne empresários e executivos --como os presidentes da Sky,
da Visa e da Cielo, o ex-presidente do BC Carlos Langoni e o ex-presidente da
ANP David Zylbersztajn. Nesta semana, reuniram-se na casa do humorista Cláudio
Manoel, do Casseta & Planeta, para acertos finais.
Ainda
faltam estudos acadêmicos e/ou científicos que expliquem o comportamento do
torcedor. Impressiona o que a paixão por um time é capaz de fazer com o ser
humano.
Torcedores
são capazes de tudo. Da irracionalidade flagrada durante uma partida, que faz
homens civilizados agirem de maneira quase selvagem, à capacidade de fazer
qualquer coisa pelo time que torce --ultrapassar divergências ideológicas,
pessoais e disputas comerciais.
Como
torcedores, esses executivos apostam numa receita moderna: profissionalizar a
gestão contratando diretoria executiva, equacionar as dívidas, eliminar as
ambições políticas e explorar melhor a marca valiosa. São quase 40 milhões de
torcedores que não compram outro produto.
Mas eles
disputam com várias chapas, entre elas a da presidente do Flamengo, Patrícia
Amorim. Num ambiente em que a incompetência alimenta a má-fé, e vice-versa,
pode vir a ser só mais uma ilusão de torcedor.
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