quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Nem tão tarde

Goiás 2x0 Independiente
Copa Sul-Americana (1º jogo da Final)

Antes tarde do que nunca. Eis o conhecido ditado que parece se inspirar na superação do Goiás na Copa Sul-Americana, após a péssima campanha que culminou em seu rebaixamento no Brasileirão. Mostrasse há mais tempo a determinação que levou a campo no segundo jogo das semifinais contra o Palmeiras e no jogo de ontem contra o Independiente, dificilmente o time goiano estaria condenado à segundona em 2011. Em boa parte da partida, pareceu haver apenas um time em campo.

A equipe comandada por Artur Neto – quantos torcedores do verdão goiano não gostariam que ele estivesse no comando há mais tempo, nos tempos de Emerson Leão, por exemplo! – passou como um trator sobre o escrete argentino. O Independiente, aliás, mostrou-se bem menos perigoso do que poderia supor sua tradição. No Serra Dourada lotado, todos os jogadores goianos cumpriram muito bem seu papel, assumindo uma garra espantosa. Ah, quão importante é o fator psicológico ao ser humano em geral e ao boleiro em particular! Impressionante como a auto-confiança, de uma hora para outra, é recuperada, e aqueles jogadores antes moribundos passam a compor um time duro de batido.

Destaques para Rafael Moura, cada vez mais perigoso na condição de matador, para Harley, o veterano líder do gol, e Marcão, um verdadeiro xerife na defesa.

O Goiás conseguiu uma vantagem substancial, mas é sempre bom lembrar que o adversário é argentino, tem camisa, tradição, e jogará a finalíssima em casa. Superação que pesa cá, pode pesar lá, também. De qualquer forma, a esperança do Goiás em dias melhores tem fundamento. Quiçá 2011 seja um ano kafkiano para o Goiás, disputando, ao mesmo tempo, a Série B do nacional e o principal campeonato das Américas.

Que se cuide o Independiente. E que Grêmio e Botafogo, postulantes à mesma vaga para a Libertadores, sequem o Goiás como nunca. Vão precisar.

JFQ

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