segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Errar é humano

O jogo entre Corinthians x Flamengo, que praticamente selou a conquista do título pelo rubro-negro, acabou virando um prato cheio para teorias conspiratórias e acusações de ladroagem. Como já havia adiantado, não acreditava que o Corinthians entregaria o jogo, e não creio que o tenha feito. A lamentável atitude do goleiro Felipe, não indo deliberadamente na bola em protesto ao pênalti erradamente assinalado por Evandro Rogério Roman, é reprovável e antiprofissional, merecedora de punição. Ponto. Assim como as reações destemperadas de Elias e Mano Menezes, que disseram cobras e lagartos do árbitro. Porém, justamente disso pode-se aferir o quanto o time corintiano estava empenhado em ganhar, jogando exatamente todo o futebol por ele apresentado na maior parte deste Brasileirão. O problema é que seu futebol notabilizou-se pelas falhas na defesa e falta de criatividade e efetividade no ataque. E, sejamos justo, não será por isso que o São Paulo, que dependia apenas de suas forças e perdeu os dois últimos jogos, terá deixado a taça escapar de suas mãos.

Fico com uma pulga atrás da orelha com os erros constantes do árbitro Evandro Rogério Roman. Neste ano, em junho, foi afastado dos sorteios após partida São Paulo x Cruzeiro, quando sua arbitragem foi contestada, especialmente no aspecto disciplinar. Em setembro, foi imposto ao árbitro um período de reciclagem após a partida Cruzeiro x Palmeiras, no Mineirão, em que deixou de assinalar dois pênaltis em favor do time da casa. Agora, nesse importantíssimo jogo entre os dois mais populares times do Brasil, distribuiu cartões “a rodo”, como se diz no interior, e assinalou um pênalti inexistente em favor do Flamengo.

É sabido que errar é humano. A tirar por base o senhor Roman, contudo, talvez se faça necessário evocar Nietzsche para defini-lo: humano, demasiado humano.

JFQ

Nenhum comentário:

Postar um comentário