Camarões 1x2 Holanda, Dinamarca 1x3 Japão (Grupo E, 1º Holanda, 2º Japão)
Enquanto Holanda, já classificada, e Camarões, já eliminado, apenas cumpriam tabela na Cidade do Cabo, Japão e Dinamarca faziam partida de vida ou morte em Rustemburgo. Empatados em pontos, quem vencesse ficaria com a vaga. O Japão jogava pelo empate por ter um golzinho a mais que a Dinamarca, mas não se contentou com a vantagem.
Desde o início os japoneses impuseram ritmo veloz à partida. As decidas japonesas, utilizando as pontas, especialmente com Honda, via de regra proporcionavam finalizações perigosas contra o gol de Sorensen. Além disso, os japoneses estavam num bom dia: não erravam passes, a defesa dinamarquesa mostrava dificuldades em conter seus ataques. Além do mais, o sistema defensivo do Japão estava bem estruturado; tanto que a dupla dinâmica da Dinamarca, Rommedhal e Bendtner, teve pouco espaço para mostrar o bom futebol da vitória contra Camarões. Como se não bastasse, falta parecia pênalti para os japoneses: Honda, aos 17, e Endo, aos 30 minutos do primeiro tempo, cobraram com perfeição, sem chances para Sorensen: 2x0. “Boa essa jabulani, né?”, deve ter sido o pensamento nipônico predominante. No segundo tempo, mutatis mutandis, a partida seguiu a mesma lógica. A Dinamarca fez o seu com Tomasson e o Japão ampliou com Okazaki. Final: Japão, classificado, 3x1.
A classificação da Holanda era mais do que esperada. Ou melhor, nem tanto, a considerar as zebras que andam soltas África do Sul afora. O fato é que os holandeses jogaram para o gasto. Fizeram o suficiente para que lhes fosse garantido o que deles se esperava: classificação em primeiro lugar no grupo. Contra Camarões, a boa novidade foi o retorno de Robben, que teve participação decisiva no segundo gol holandês, feito por Huntelaar. O primeiro foi de Van Persie, apagado neste Mundial, e os africanos fizeram o seu “de honra” com Eto’o cobrando pênalti. A Holanda, que já mostrou que é forte, consolida-se como séria candidata ao título com o retorno de Robben.
Apesar de segundo colocado, o destaque do grupo são os japoneses, que apesar de não poderem ser apontados propriamente como zebras, foram além das expectativas. Dentro de suas limitações, foram perfeitos naquilo a que se propuseram: um jogo com marcação forte, em cima, e muita velocidade quando em posse da bola. Ademais, não dá para esconder que se colocava muito mais fé nos camaroneses, com Eto’o à frente, e nos dinamarqueses do que nos japoneses. Ou seja, o Japão mostrou competência para saltar da condição de relativo azarão à de incontestável classificado. O Paraguai terá trabalho nas oitavas.
JFQ
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