Parabéns, Maraca!

Hoje, dia 16/06/2010, o estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, completa 60 anos. A primeira partida de futebol foi disputada no dia da inauguração entre as seleções paulista e carioca. Didi, autor da “folha seca”, foi quem marcou o primeiro gol.

Nosso maior templo do futebol foi palco da final da Copa do Mundo de 1950, de tantos outros jogos memoráveis e onde muitos craques desfilaram sua genialidade. Foi lá que Pelé vestiu a camisa da seleção brasileira pela primeira vez, em 1957, contra a Argentina. Zico é o maior artilheiro da história do estádio: 333 gols. Além deles, outros gênios da bola jogaram no Maraca, como Eusébio, Maradona, Garrincha, Rivelino e Romário.

Em 1962 e 63, o Santos fez do Maracanã a sua casa nos jogos contra o Benfica (62) e contra o Milan (63), sagrando-se bicampeão mundial (a rigor, campeão intercontinental). Também o Corinthians, em final disputada contra o Vasco, foi campeão do primeiro Mundial de Clubes da FIFA, em 2000, no Maracanã. Flamengo, Fluminense e Vasco sagraram-se campeões brasileiros e outros clubes levantaram taças e fizeram história jogando no “maior do mundo”.

Na verdade, com a diminuição da capacidade do estádio por conta de adaptações feitas para melhor conforto e segurança, o Maracanã é hoje o 14º maior estádio do mundo. Mas, vale dizer, há controvérsias quanto a números. O estádio caiu dos seus quase 200.000 lugares originais para os 82.000 de hoje. Atualmente o maior é o Rungrado May Day, em Pyongyang, Coréia do Norte – que ironia, não?! –, com capacidade para 150.000 pessoas.

No entanto, o Maracanã ainda ostenta o recorde de maior público em uma partida de futebol: os 199.854 espectadores da trágica derrota para o Uruguai, por 2x1, no dia 16 de julho de 1950, partida que ficou conhecida como Maracanazo.

Em 2014, quando a Copa do Mundo será novamente disputada no Brasil, quem sabe o Maracanã não reescreverá essa parte melancólica de sua história com os seguintes dizeres: “Neste estádio o futebol brasileiro viveu uma de suas maiores tristezas, só remediada 64 anos depois, quando também viveu uma de suas maiores alegrias”.

Por tudo isso, pelo que nos trouxe e pelo que ainda nos trará: Parabéns, Maraca!

JFQ