quarta-feira, 6 de junho de 2012

Templos: New Meadowlands ou MetLife Stadium

Esta é a primeira postagem da série “Templos”, destinada a falar de estádios do Brasil e do mundo. São relatos de quem esteve no estádio, em dia de jogo ou não, mostrando como se chega, quais as características do local e algumas impressões pessoais. Quem visitou algum grande templo do futebol, sinta-se à vontade para enviar seu relato.
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Inauguro a série “Templos” falando do New Meadowlands (ou MetLife Stadium), em Nova Jersey, Estados Unidos. O local é utilizado comumente para jogos da NFL, o futebol americano. Às vezes, também é utilizado para o soccer, ou melhor, para o futebol de verdade... Aliás, trata-se da arena onde o Brasil enfrentará a Argentina no próximo sábado, dia 9/6/12. Também é o estádio onde Mano Menezes fez sua estreia na seleção brasileira, assim como Neymar, que também assinalou seu primeiro gol com a camisa canarinho.

Fui ao estádio em outubro de 2010 para ver uma partida da NFL, entre New York Giants e Detroit Lions. Logo de cara, chama atenção a facilidade de acesso. Partindo da estação Pennsylvania, em Nova York – mais conhecida como Penn Station, localizada embaixo do Madison Square Garden, e conectada à extensa malha do metrô –, o trem vai até uma estação em Nova Jersey, cidade vizinha. Faz-se a baldeação, tomando-se outro trem, cujo ponto final fica exatamente em frente à arena.

O New Meadowlands – arena multiuso construída em parceria entre duas franquias de futebol americano de Nova York, o Giants e o Jets – fica afastado da cidade, uma tendência das arenas atuais. Possui lojas de roupas e vários restaurantes. Tem até sanduíche de pernil, muito parecido com o vendido nas imediações dos estádios brasileiros. Cerveja é vendida sem problemas, com apresentação de documento de identificação; no meu caso, o passaporte. É frequente a movimentação das pessoas, no decorrer das partidas, para comprar os comes e bebes. Em suma, é intensa a comilança e a “bebelança” no estádio; dependendo da partida, mais intensa que a torcida pelas equipes em campo. Eis um ponto importante: convenci-me de que, apesar do inegável prazer em ver um joguinho enquanto se saboreia uma breja gelada, o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros deve continuar proibido. A propósito, no trem de volta para NY, haviam dois garotos completamente bêbados; um deles, inclusive, quase não conseguiu sair, quando da baldeação, para vomitar.
Deixando de lado a parte escatológica, também chama atenção os assentos, todos numerados e relativamente confortáveis. São facilmente encontrados, em que pese os mais de 80 mil lugares disponíveis. Detalhe: em geral, o estádio fica lotado nas partidas da NFL. Nesse dia, inclusive. E grande parte do público só toma seus assentos a poucos minutos do início do jogo.
Filmei algumas passagens da experiência aqui relatada. Podem ser conferidas pelo link abaixo:
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Para terminar, uma pergunta: por que estão discutindo a possibilidade de fechamento do metrô Corinthians-Itaquera em dias de jogos? Além do New Meadowlands e outras arenas no exterior, aqui mesmo no Brasil, o Maracanã é um exemplo de estádio com metrô em frente. Claro que questões de segurança devem ser consideradas. No entanto, é perceptível – e irritante – a facilidade com que autoridades e especialistas encontram soluções em detrimento da rapidez, do conforto e da comodidade (por coincidência, o slogan do Metrô de São Paulo) dos torcedores, supostamente cidadãos. Não há outra saída para melhorar a segurança na saída dos jogos?
JFQ

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