Boa rodada para os brasileiros. Com exceção do Flamengo, todos os brasileiros jogaram esta semana e garantiram o primeiro lugar nos respectivos grupos, menos o São Paulo que é segundo, um ponto atrás do Once Caldas da Colômbia.
Jogando no México, o São Paulo não mostrou a mesma apatia, para não dizer leseira, dos últimos jogos. Também não mostrou ousadia. E nem precisava partir com tanta vontade para cima do fraco Monterrey. Val Baiano deve estar com saudades dos tempos do saudoso Grêmio Barueri. O fato é que o São Paulo jogou para empatar e conseguiu. Mas quase deixa tudo a perder no último minuto do jogo, por deméritos próprios. O técnico Ricardo Gomes, mantendo uma tradição que vem de Muricy, não joga com três atacantes; no caso, Washington, Dagoberto e Fernandinho. Tudo bem, em time que quer empatar e está empatando não se mexe; ou troca seis por meia dúzia: Dagoberto por Fernandinho. Só que além dessa falta de ousadia, o técnico são-paulino mostrou ainda excesso de prudência: no final, trocou o esquema com dois zagueiros – praticamente um luxo no time do Morumbi, já que o esquema com três zagueiros também é legado da vitoriosa era Muricy –, colocando Xandão ao lado de Miranda e Alex Silva. Se a intenção era dar mais proteção à zaga nos momentos finais, o tiro saiu pela culatra. O São Paulo chamou o adversário para sua área e quase se complicou. Destaque para Júnior César, aplicadíssimo na marcação pelo lado esquerdo.
O Internacional arrancou uma vitória importante contra Cerro do Uruguai, no Beira Rio. Após resultados negativos no gauchão, o Colorado fez 2x0 e preservou, pelo menos por ora, o emprego do técnico Jorge Forsati. Mas há quem queira a substituição deste por Muricy, que teve passagem muito boa por Porto Alegre, estruturando o time que sagrou-se vice-campeão brasileiro em 2005 e foi campeão da Libertadores e do Mundial em 2006. O Inter é forte, mas oscila bastante.
O Cruzeiro, por sua vez, mostrou o mesmo eficiente feijão-com-arroz do ano passado, quando chegou à final da Libertadores. Kleber, o gladiador, e Thiago Ribeiro foram os destaques na vitória sobre o Velez, no Mineirão. Resultado fundamental, já que a Raposa disputa ponto a ponto a liderança do grupo com o time argentino.
Finalmente, o Corinthians começou a partida contra o Cerro Porteño, no Pacaembu, com um time pesado e com muitas dificuldades na saída de bola. Até que a bola, uma vez mais, procurou Ronaldo, literalmente, que a colocou no fundo das redes. É impressionante, para não dizer fenomenal, como Ronaldo, mesmo parado em campo, é capaz de ser decisivo nas partidas. Após o gol, o Timão se soltou, especialmente do lado esquerdo. Roberto Carlos e Danilo mostraram bom entrosamento, produzindo boas jogadas, principalmente quando Dentinho caia por aquele lado. Dentinho, assim como Jorge Henrique quando entra, ficam sobrecarregados no esquema 4-4-2 por conta da pouca movimentação de Ronaldo. Têm que se movimentar em dobro. Sorte do Corinthians que pode alternar ambos, cada qual atuando uma parte do jogo. Vantagem de ter um bom banco de reservas. O grande destaque da partida foi Roberto Carlos, que, aos poucos, mostra por que é um dos melhores laterais de todos os tempos. Após a fase das expulsões, Roberto acertou a parte defensiva e agora começa a atuar bem no apoio. Outro destaque foi a Fiel: o Pacaembu estava lindo. O que pude constatar in loco.
Resultados dos brasileiros na última rodada da Libertadores:
Monterrey (MEX) 0 x 0 São Paulo
Cruzeiro 3 x 0 Velez Sarsfield (ARG)
Internacional 2 x 0 Cerro (URU)
Corinthians 2 x 1 Cerro Porteño
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