Os embates mais importantes da centenária
história corintiana não serão os contra o Boca Juniors nas duas próximas
quartas-feiras pela decisão da Taça Libertadores da América.
Os 180 minutos que definirão o campeão,
serão, no máximo, considerados o terceiro confronto mais importante da vida do
Corinthians.
Porque o mais importante, acreditem ou não
as novas gerações, foi mesmo o de 1977, pelo Campeonato Paulista, que, então,
era considerado mais relevante que o Campeonato Brasileiro. (Prova disso foi
que, em 1979, Corinthians, São Paulo e Santos abdicaram de disputar o torneio
nacional para se dedicarem ao estadual).
O que estava em jogo naquela decisão
contra a Ponte Preta era o fim de um trauma que já durava mais de duas décadas,
um sofrimento sem fim, uma verdadeira humilhação, que precisava acabar para
parir uma nova era. Que veio. Algo que quem não viveu não é capaz de imaginar.
O segundo jogo mais importante foi o da
decisão do primeiro Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, contra o Vasco, no
Maracanã.
Aqui não se entrará na inútil polêmica em
torno do título, porque a discussão em questão se limita aos corintianos, pouco
importando, para eles, o que pensam os que não sejam.
Porque o fato é que os corintianos festejaram, e muito, seu primeiro título mundial.
Porque o fato é que os corintianos festejaram, e muito, seu primeiro título mundial.
Pensam agora no bicampeonato, contra o
Chelsea, se passarem pelo Boca Juniors.
Contra quem farão, repita-se, seu terceiro
jogo mais importante, para ocupar a vaga da disputa contra o São Paulo, em
1990, quando se conquistou o até então inédito título brasileiro, no Morumbi,
estádio palco também do epopeia de 1977.
Tite não confessará, mas há de ter torcido
pela Universidad de Chile, obstáculo menos difícil de ser vencido na final.
A alma corintiana sente diferente.
Quer o mais complicado, o mais épico, o
hexacampeão Boca Juniors, que fulminou Cruzeiro, Palmeiras, Santos e Grêmio em
quatro das nove decisões continentais de que já participou.
Se for para ganhar, que seja assim, depois
de derrotar três grandes campeões da Taça.
Imagine a festa de uma gente que saiu na
pré-Libertadores no ano passado se a vencer no seguinte.
Imagine, ainda, se a Libertadores vier sem
derrota, campeão invicto depois de 14 jogos.
Só não será maior do que foi a de 1977.
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