Uruguai (4)1x1(2) Gana (Quartas de Final)
O adversário da Holanda por uma vaga na final da Copa foi decidido em um jogo emocionante, às vezes truncado demais, com muita disputa pela posse de bola e jogadas inusitadas.
Gana era a última esperança do continente africano de colocar seu futebol em uma final de mundial, apesar de não representar aquilo que esperamos de um time da África. Ao contrário da tradicional "irresponsabilidade" tática, de jogadores abusando de jogadas de efeito e muita ofensividade, os ganeses mostraram em campo uma seleção retrancada, forte fisicamente e que joga no erro do adversário. Até seu principal jogador, Gyan, destaca-se mais pela força do que pela técnica.
Já os uruguaios mantiveram a tradição de uma forte defesa, marcação pesada no meio campo e jogadores habilidosos, sendo um time mais equilibrado e perigoso.
A Celeste começou dominando a partida através da alta velocidade de Suárez e Cavani, acionados principalmente por Forlán. Os ganeses arriscavam-se pouco, mais em bolas aéreas e ligações diretas para o ataque. Quando todos já esperavam o apito de encerramento do primeiro tempo, Muntari pôs a Jabulani para enganar o goleiro uruguaio em um chute de mais de 30 metros e marcar 1x0.
Curva da Jabulani lá, curva da Jabulani cá, Forlán mostrou que também sabe por efeito na bola e igualou de falta, aos 9 do segundo tempo. O jogo seguiu muito disputado até o fim do tempo regulamentar, com o nervosismo e os erros de ambas as seleções impedindo mais gols.
Veio a prorrogação e o time africano parecia que iria manter vivo o sonho do continente, o Uruguai já não tinha mais pernas para acompanhar o time de Gana que, mesmo jogando a segunda prorrogação seguida, estava bem mais inteiro.
Os ganeses pressionavam mas o gol não acontecia, sempre tinha um pé de um zagueiro uruguaio que aparecia em cima da hora. Pé que virou mão no último minuto do segundo tempo da prorrogação. Bola levantada na área, bate-rebate e Suárez, herói da classificação frente a Coreia do Sul, evitou de soco o gol da vitória africana. Pênalti assinalado e cartão vermelho para o atacante, que já saindo de campo, mudou do choro do desespero para o da alegria ao ver a cobrança de Gyan explodir no travessão. A decisão ia para os pênaltis.
Os uruguaios erraram apenas uma cobrança e venceram a série por 4x2. Destaques para Gyan, que mesmo com o erro anterior foi lá e converteu o primeiro da série para os ganeses, Muslera com duas defesas e Abreu, dando total justiça ao apelido de "El Loco" ao garantir a classificação com uma cavadinha.
Arnaldo
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