segunda-feira, 4 de abril de 2011

Favorito, sim!


Santos 0x1 Palmeiras

No início do Paulistão, o Palmeiras era, talvez, o representante dos quatro grandes no qual a maioria dos comentaristas esportivos menos botava fé. Apesar do comando de Felipão, o Verdão era – e continua sendo – o grande com elenco mais limitado tecnicamente. Ainda mais se considerarmos que Valdívia, a grande contratação do clube, passa por longo período afastado dos gramados por lesão. Bem como o eterno ídolo Marcos.

A rigor, o Palmeiras tem um grande jogador – Kleber, o gladiador – e um veterano, digamos, que impõe respeito – Marcos Assunção. No mais, trata-se de um elenco de jogadores regulares. Porém, pelo que vêm mostrando no campeonato, esses mesmos jogadores compensam a menor qualidade técnica com rigorosa disciplina tática. Quiçá, dos grandes, o aquele com padrão de jogo mais bem definido. O que faz desse time, com todos os méritos, o líder do campeonato e tão favorito ao título quantos os demais grandes.

Na partida de ontem, em que, ironicamente, o Peixe mostrou dificuldades em jogar embaixo d’água, o escrete de Felipão soube impor sua vigorosa marcação sobre Elano, Ganso, Neymar e companhia. Aliás, afora Neymar, que mostrou bastante empenho – mas longe do brilho costumeiro –, as demais estrelas santistas estiveram irreconhecíveis. Principalmente Ganso, que errou passes curtos e teve a bola roubada algumas vezes. No entanto, a má atuação do time da Vila não desvaloriza em nada a eficiência – ou o equilíbrio, termo da moda – demonstrada pelo Palmeiras. Pelo contrário, foi o Palmeiras que soube se impor e determinar seu ritmo ao adversário.

Cicinho foi implacável na marcação de Neymar. Rivaldo mostrou a aplicação de sempre, marcando e arriscando perigosas subidas ao ataque. Márcio Araújo, Danilo e Thiago Heleno compuseram um paredão quase intransponível à frente de Deola. Patrik mostrou habilidade e ótima visão de jogo ao deixar Kleber na cara de Rafael para fazer o gol da vitória.

O gladiador – o Rooney brasileiro, se me permitem a comparação –comprovou a boa fase, movimentando-se constantemente, buscando a bola no meio e partindo para o ataque, na base da velocidade e da força.

Seu companheiro de ataque, Adriano, iniciou a partida demonstrando excessivo nervosismo, assim com Neymar, e deu lugar a Luan. O substituto entrou muito bem. Arrisco até a dizer que a entrada de Luan foi o divisor de águas da partida, dando ao Palmeiras maior poder de articulação e ataque, além da eficiência defensiva, seu ponto mais forte.

***

São Paulo 1x0 Mirassol

O São Paulo passou por maus bocados contra o bom Mirassol, na Arena Barueri. Sofreu investidas perigosas e até tomou bola na trave. Em um jogo bastante equilibrado, foi salvo pela genialidade de Lucas, autor do gol de placa que garantiu os três pontos do Tricolor. Será difícil a Mano Menezes não colocar o garoto no time titular da seleção.

Botafogo 0x0 Corinthians

Já o Corinthians fez partida sofrível contra o fraco Botafogo, em Ribeirão Preto. O pobre Liedson passou os 90 minutos de jogo à procura de alguém que lhe servisse a bola em condições de marcar. Em vão. O 0 a 0 foi o resultado mais justo, uma vez que as regras do jogo não preveem a possibilidade de placar negativo.

JFQ

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