quinta-feira, 7 de abril de 2011

Otimismo, pessimismo e indefinição


Copa Libertadores da América:
Jaguares-Mex 1x0 Internacional
Nacional-Uru 2x0 Fluminense
Santos 3x2 Colo Colo-Chile


Após os jogos de ontem, há motivos de otimismo e pessimismo quanto ao futuro dos times brasileiros na Libertadores. O que não há é definição sobre quem está e quem não está classificado para próxima fase.

A pior situação é a do Fluminense. O atual campeão brasileiro, mesmo tentando determinar as ações da partida, foi derrotado para o Nacional, no Uruguai, por 2 a 0. Na última rodada, o Flu, que tem 5 pontos em 5 jogos, no Grupo 3, precisa vencer o Argentinos Juniors, na casa do adversário, e torcer para que o Nacional perca para o América, em Montevidéu. Que dureza!

Já o Internacional, mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Jaguares, do México, só perde a vaga se sofrer uma goleada histórica para o Emelec, jogando no Beira Rio. E, mesmo assim, considerando que o Jaguares vencerá o Jorge Willstermann. Moleza!

A situação intermediária fica por conta do Santos, terceiro colocado no Grupo 5. Restam duas rodadas e o Peixe, com 5 pontos, tem à sua frente o Colo Colo, com 6, e o Cerro Porteño, com 8. Na próxima quarta, o Santos pega o Cerro, no Paraguai, e fecha sua participação na primeira fase no dia 20/4, na Vila, contra o Deportivo Táchira.

Na partida de ontem, aconteceu de tudo um pouco. Em jogo nervoso, desde o princípio, o Peixe conseguiu impor seu jogo – destaque para o jovem Danilo – e abrir uma vantagem de três gols. Contudo, a partir da expulsão de Neymar, que tomou o segundo amarelo por comemorar seu gol (um golaço, por sinal, o terceiro do time) colocando uma máscara, o Santos perdeu de vez a cabeça. Em seguida, após entrevero envolvendo o santista Zé Eduardo e o chileno Scott, os dois foram expulsos. Até mesmo Elano, que já havia sido substituído, tomou cartão vermelho por jogar uma toalha no banco de reservas do adversário. Elano, com isso, desfalca o Peixe contra o Cerro Porteño.

Além das expulsões, o Santos quase viu uma vitória dada como certa ir por água abaixo. Aos 36 e aos 41 minutos da etapa complementar, o Colo Colo reagiu, mas não conseguiu evitar a derrota: Santos, 3 a 2.

***

Muricy assume o Peixe


A partida contra o Colo Colo foi a última do Santos sob o comando de Marcelo Martelotte. Doravante, Muricy Ramalho, que assistiu à partida de ontem das tribunas da Vila Belmiro, assume o time com missão idêntica à que tinha no Fluminense: fazer com que seu time consiga uma difícil classificação às oitavas da Libertadores.

Há quem diga que o estilo Muricy, apesar de sobejamente vencedor, não se coaduna com a vocação santista de jogar bonito e para frente. Talvez. No entanto, como se viu ontem, falta ao Santos equilíbrio. Em todos os sentidos, inclusive emocional.

Se Muricy privilegia o aspecto defensivo, também não se pode dizer que anule possibilidades ofensivas de suas equipes. Não se pode aventar, por exemplo, que Muricy anulará o potencial de Neymar, fazendo-o marcar atrás ou impedindo que o jogador arrisque lances mais ousados à frente. A principal mudança deve ser no meio-campo, com maior ênfase na marcação. Jogadores como Adriano e Rodrigo Possebon têm boa oportunidade de mostrar serviço e, caso o façam convincentemente, ganhar uma vaga no time titular. Porém, para maiores especulações, há que se considerar o retorno de Arouca, ainda afastado por contusão.

JFQ

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