O Chivas Guadalajara venceu o Universidad Chile por 2 a 0 e garantiu vaga na final da Libertadores 2010. O time mexicano, que entrou já nas oitavas por conta da saída abrupta no ano passado, decorrente da epidemia de gripe suína, mostrou a força do México uma vez mais. Vale lembrar, os times mexicanos costumam aprontar na Libertadores. Que o digam o Flamengo, eliminado em 2008 num surpreendente 3 a 0 para o América, do paraguaio Cabañas, em pleno Maracanã, e o Boca Juniors, que conquistou o título de 2001 sobre o Cruz Azul apenas nos pênaltis, após perder a partida por 1 a 0, em pleno La Bombonera.
Em suma, a classificação do Chivas não é surpresa, como também não será zebra caso conquiste o título inédito. Mas aí é que está o absurdo da história: como os times mexicanos são apenas convidados na Libertadores, disputando vaga no Mundial apenas pela Concacaf, mesmo que o Chivas garanta o título, não irá ao Mundial de Clubes da Fifa no final do ano. Ou seja, o classificado será o vice, no caso, justamente o São Paulo ou o Internacional. Bom para os times brasileiros, ruim para o futebol. Ou será que todos os que disputam um campeonato não podem pleitear sua conquista e, assim o fazendo, não conquistam também a vaga no Mundial a que tem direito o campeão?
Pergunta: será que a UEFA permitiria que clubes de fora da Europa disputassem a Liga dos Campeões? Duvido.
A melhor saída talvez seja juntar os torneios da Concacaf e da Conmebol em um único campeonato do continente americano. Por exemplo, um quadrangular final com os dois primeiros de um e os dois primeiros do outro torneio. Não seria interessante uma disputa entre clubes brasileiros, europeus, mexicanos, norte-americanos? Quanto a este, há que se destacar o novo impulso da Liga Americana, que busca craques consagrados – ainda que em fim de carreira – como chamarizes: Beckham no Los Angeles Galaxy e Henry no Red Bulls são exemplos.
O que não dá é premiar o vice com um direito previsto ao campeão.
JFQ
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