O Flamengo confirmou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, após longa novela protagonizada por ambos, além de Palmeiras, Grêmio e do irmão-empresário Assis.
Todos os clubes envolvidos davam como certa a vinda do jogador, cada qual por razões específicas.
O Palmeiras ofereceu a maior proposta. Ronaldinho, porém, não escolheu pelo dinheiro; se bem que, é bom lembrar, foi noticiado que há ainda hoje salários atrasados no Verdão.
O Grêmio, por sua vez, contava com o fator emocional: time do coração e da origem do craque. O Gaúcho, contudo, também não escolheu pelas raízes. Aliás, é uma grande bobagem as acusações dos gremistas de que Ronaldinho é mercenário e traidor. Como assim, mercenário, se falamos de futebol profissional? Como assim, traidor, se, uma vez profissional, o jogador deve seu empenho a quem lhe paga o salário? O futebol jamais deixará de envolver paixões de torcidas, mas já está para lá de démodé esse bla-bla-bla demagógico, geralmente usado por dirigentes incompetentes e por torcedores incapazes de enxergar um palmo à frente sem os óculos da passionalidade absoluta. A propósito, o mesmo Flamengo que agora comemora a vinda do Gaúcho utilizou do discurso do “amor à camisa” quando da transferência de outro Ronaldo, o Fenômeno, para o Corinthians.
Isso tudo não impede, contudo, que se critique a postura ziguezagueante de Assis nas negociações com os clubes interessados. Além do mais, a maneira como se deu a vinda de Ronaldinho ao Flamengo coloca ainda mais pressão para que ele mostre o gigantesco talento de outras épocas, há muito não visto em campo.
De qualquer forma, o retorno de Ronaldinho Gaúcho é uma notícia de suma importância para o futebol brasileiro, em especial por estarmos na iminência da realização de uma Copa do Mundo no país. Certamente, será um grande chamariz aos nossos campeonatos contar com a presença de jogadores consagrados como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Roberto Carlos, Deco, Rivaldo, entre outros. Melhor ainda será se não fizerem o caminho contrário, rumo à Europa, algumas das nossas promessas de consagração futura, como Neymar e Paulo Henrique Ganso.
JFQ
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