Grandes fiascos
Os chamados grandes deram fiasco na última rodada, em seus respectivos estaduais. No paulista, o São Paulo perdeu para o Bragantino por 1x0. Menos mal: ainda manteve a terceira colocação, e consequentemente, a vaga no G4. O Palmeiras praticamente deu adeus à vaga ao empatar com o Rio Branco por 2x2 e o Corinthians, que já perdera para o Prudente no final de semana, foi derrotado pelo fraco Paulista por 1x0. Saldo negativo múltiplo para o Timão: derrota, saída do G4 – está em 6º agora –, mais uma atuação ruim de seu ídolo Ronaldo e sinais de impaciência da Fiel em um momento em que o Paulistão e a Libertadores se aproximam de fases decisivas. Mano Menezes e seu elenco precisam ter muita competência para contornar esse princípio de crise que, aliás, virá fatalmente em caso de derrota e quebra de tabu para o São Paulo, no próximo domingo.
Também no carioca um grande apequenou-se. O Vasco foi derrotado para o Americano por 3x2, em pleno São Januário, e complicou-se muito no campeonato. Sobrou para o técnico Vagner Mancini, demitido logo após a partida. Flamengo, Fluminense e Botafogo, por outro lado, estão praticamente nas semifinais da Taça Rio.
A zebra – se é que se trata de zebra – também andou solta nos pampas gaúchos. O Internacional perdeu para o São José por 3x0. A crise no Colorado já é evidente.
Em suma: alguns grandes apresentaram futebol ruim, outros, apenas “para o gasto”. A exceção: o Santos, sempre o Santos. Os meninos da Vila fizeram mais uma bela partida contra o Botafogo que, a propósito, merece os parabéns: pela resistência e pelo bom campeonato. O placar: Peixe 4x2.
Veteranos e seus erros infantis
Nossos veteranos não andam lá muito bem. Ronaldo, após apresentar futebol irreconhecível na derrota para o Paulista, disse que cometeu erros infantis, que tem as costas largas para apanhar, e que se bata nele, não nos meninos do time. Justo. Os erros foram realmente infantis – em que pese haver muitas crianças boas de bola –, mas a retórica foi madura. O que não foi lá tão madura foi a reação do Fenômeno a um grupo de torcedores que o xingavam na saída do estádio de Barueri. Ronaldo não aguentou e mostrou-lhes o dedo médio em resposta. Pergunta: esse pessoal não tem muito espaço para se “manifestar”? Não entendo o acesso de torcedores na saída dos jogadores dos estádios, mas... De qualquer forma, o dedinho de Ronaldo, que não tem sangue de barata, pode ser mais um ingrediente na piora contínua de seu relacionamento com a Fiel. Solução: pedir desculpas – o que já fez – e voltar a jogar bem e, sobretudo, marcar gols. De qualquer forma, vale o alerta de Neto em seu blog: do mesmo jeito que a Fiel ama, odeia!
Também o veterano Marcos mostrou, mais uma vez, que não tem sangue de barata. Após anunciar o desejo de aposentar-se dos campos, ao final de partida em que também mostrou futebol irreconhecível, Marcão abandonou treino do Palmeiras, descontente com o sistema de marcação. A diretoria foi hábil deixando de punir o goleiro, o que só faria aumentar um clima que já é ruim.
Em suma, nossos veteranos em fim de carreira - no caso, tanto Marcos como Ronaldo já anunciaram que suas aposentadorias têm datas marcadas - passam por crises nesse "crepúsculo de jogo". Espero que sejam crises passageiras, a bem de tudo o que fizeram e fazem pelo futebol brasileiro.
O veterano que ri à toa é Giovanne. Mesmo na reserva, faz parte do time do momento. No time do Santos, é um tiozão a servir de referência aos meninos da Vila.
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