domingo, 28 de novembro de 2010

Rebaixado e finalista


Na mais surpreendente partida deste ano, tecnicamente muito fraca, mas pra lá de emocionante nos seus instantes finais, o Goiás arrancou uma vitória heroica contra o Palmeiras, em pleno Pacaembu, por 2 a 1. Com a vitória, a classificação para a final da Taça Sul-Americana.

Detalhes: O Goiás faz uma campanha péssima no Brasileirão, já matematicamente rebaixado para a segundonha; o Palmeiras havia vencido a primeira partida, em Goiânia, por 1 a 0, e começou vencendo o jogo do Pacaembu, lotado.

Agora, o time goiano faz a final contra o Independiente, da Argentina. Na minha opinião, uma pedreira ainda maior que o Palmeiras.

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Desilusão: teu nome é Palmeiras



O Palmeiras teria confundido o Goiás com o Fluminense e fez uma entrega entecipada, o “sedex-Verdão”? Não, o caso palestrino é mais complexo. Digno de pesquisa científica, divã, macumba e desenterro de sapo. Tudo junto!

A pergunta de 2009 continua em 2010: o que acontece com o Palmeiras? Impressionante a capacidade do Verdão de perder título e vagas praticamente certos. Claro que o futebol é uma caixinha de surpresas, o acaso conta, o jogo é jogado, etc. e tal. Mas o Palmeiras chega a ser caso quase paranormal.

Na minha modesta opinião, o time de 2010 é pior do que o de 2009. Bons jogadores como Diego Souza e Cleiton Xavier deixaram o Parque Antártica, desgastados pelos resultados e pressão da torcida e da diretoria. Diretoria, aliás, que privilegia treinadores a jogadores, muito embora não tenha deixado de contratar. Da mesma forma que a troca de Luxemburgo e Muricy, Felipão, por mais competente que seja, não conseguirá sozinho resolver problemas futebolísticos, psicológicos e até mesmo políticos que inundam o clube. A vinda de Valdívia e Kleber também não resolveu: o primeiro, em condições físicas precárias; o segundo, fora da posição em que é mais perigoso e um tanto sonolento em campo.

Quanto a Marcos Assunção, com todo o respeito, apesar dos chutes fortes e precisos, está muito longe de ser o redentor da calamidade palmeirense. A propósito, eis aí um ponto fundamental da questão: o Palmeiras não precisa de redentores – treinadores ou jogadores –, mas de um bom elenco e de bom clima com torcida e diretoria.

JFQ

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